sábado, 27 de novembro de 2010

Pandemônio

Em meu corpo existem vários de mim!
N º01- Quer caminhar lentamente em uma rua, quer apenas sentir a neblina na calada da noite, sem saber que não pode seguir com o medo constante de se perder.

Nº 02 - Um isolado, sente em carne e osso o desespero.

Nº 03 - Cauteloso desmantelado, parece um velho solitário em busca de algo que não faz ideia. 

Há vários de mim querendo sair, tornarem-se vivos, viver em meu corpo. Embora não consigam jamais na minha mente.

Pois em minha mente sei que só a um lugar. E a hora que mais temo é quando a chuva some.

Em meu quarto escuto todos ao mesmo tempo junto ao barulho dos meus objetos.

Todos querem a mesma coisa embora sejam completamente diferentes.

Um em especial que se alimenta de estragos querendo se libertar de todos os outros, o rei.

Nº 04 - Um rei hostil devorando tudo, vive de miséria, pobre, vazio.

O mais forte! Infalivelmente faz me sentir assim. Quando entro em meu próprio mundo é à mim que ele suga tudo o que é bom e deixa as sobras apenas o gasto. 

À noite é mais difícil, pois é a hora em que todos querem a mim, querem de todas as formas para conseguir o que querem.

A unica hora do dia em que encontro comigo é de manhã bem cedo, antes de encontrar com um na estrada.  Em minha cama, sinto eles todos ao mesmo tempo.

Os meus pandemônio querem minha mente porque é através dela que sei quando eles estão por perto.