quinta-feira, 13 de março de 2014

Completo em um, por um.

Me completo de uma forma torta e inapropriada. 
Me completo das sobras, das sombras. 
Me completo pelo nome, pelo tamanho.
Me completo de tanto não compreender nada.
Me completo de entender tudo.

Me completei tanto que me desdobrei em nó,
Em cobra cega, mula sem cabeça.
Me completei tanto que minha sanidade expandiu
E deteriorou todos meus paços em zigue zague. 
Me completei tanto que não coube mais em mim.
Me completei tanto que me descompletei sem fim. 

Até meus sonhos mais sombrios me completam,
Meus pensamentos me atestam, me difamam
Que completo mas que um eu fui. Até assim.
Até as filosofias e minhas teorias mais loucas,
Absurdas e profanas me completam em me completar.


Até o carnaval me completou do início ao fim, enfim.