domingo, 31 de agosto de 2014

É...Não deu!

É, acabou!
Bastou uma distancia entre nossos dedos para perceber que nosso infinito se tornou em um abismo imenso.
Longe de mim ser o primeiro a falar, já me bastava aquele silêncio devastador e a cede de tomar alguns goles daquela bebida amarga.
Tão amarga que anulava todo aquele gosto ruim perto do nosso fim.
Aquela bebida me parecia mais amiga do que qualquer outra companhia.
O gole descia com uma leveza, deslizava garganta a baixo como um fosforo que desliza para ascender uma chama.
Mas a única coisa que ainda acesa dentro de mim era a cor do borrão que estava sentindo, uma hemorragia que se espalhava por dentro.
Do teu toque ao teu pudor, me tomo de volta com dor, é amor, é o fim.
Por mais que eu funcione como um vulcão, fiz minha erupção mais cedo do que imaginei.

O teu olhar gritante, que queimava, invadia, penetrava no meu como âncora.
Já não tem mais cor.
Meu corpo que ficava paralisado, agora está pesado, morto, sem ar.
Agora já não me atira nem o coração na mão.
É amor...Erramos a mão, a dosagem e o sabor do nosso amor.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Bloqueio dos 7 mares

Sol, essa é uma palavra forte que muitas pessoas não percebem. 

Pode fazer um estrago se juntar essa palavra com  a ilusão, tomam forma de serpentina caindo do céu como cortes profundos capazes de secar o corpo humano em latejos.

 Não posso dizer que dura a eternidade, mas posso dizer que se por muito tempo em seu corpo permanecer, torna-se algo que penetra no DNA.

Eu o tenho fervendo em mim, bombeado ao coração perto da minha sensibilidade de sentir insanidade. 

Me tomou como defeito, oscilando meus desejos em carne fraca. 

Não sei mais iniciar uma conversa sem faltar o ar, sem esbarrar em desencontros e contos do acaso. 

Não paro de pensar nos milímetros pequenos de distancia de cada vida cruzada, que se espalham em uma velocidade de tempo indeterminado.

Essa sou eu em uma luta diária para cair em uma rotina, em um beco sem saída. 

Aqui estou em uma conversa silenciosa entre linhas, entre espaços e apertos perfeitos. 

Sem resposta do tempo, sem bocejo do vento. 

Apenas a pura folha branca e suas linhas desafiadoras no meio de tanta letra se rastejando aos olhos de alguém. 

Por fim "Sol", "ilusão", duas combinações perigosas de solidão.