domingo, 31 de agosto de 2014

É...Não deu!

É, acabou!
Bastou uma distancia entre nossos dedos para perceber que nosso infinito se tornou em um abismo imenso.
Longe de mim ser o primeiro a falar, já me bastava aquele silêncio devastador e a cede de tomar alguns goles daquela bebida amarga.
Tão amarga que anulava todo aquele gosto ruim perto do nosso fim.
Aquela bebida me parecia mais amiga do que qualquer outra companhia.
O gole descia com uma leveza, deslizava garganta a baixo como um fosforo que desliza para ascender uma chama.
Mas a única coisa que ainda acesa dentro de mim era a cor do borrão que estava sentindo, uma hemorragia que se espalhava por dentro.
Do teu toque ao teu pudor, me tomo de volta com dor, é amor, é o fim.
Por mais que eu funcione como um vulcão, fiz minha erupção mais cedo do que imaginei.

O teu olhar gritante, que queimava, invadia, penetrava no meu como âncora.
Já não tem mais cor.
Meu corpo que ficava paralisado, agora está pesado, morto, sem ar.
Agora já não me atira nem o coração na mão.
É amor...Erramos a mão, a dosagem e o sabor do nosso amor.

Um comentário:

  1. Cerveja, uísque, vodca, inconsciência transbordou no rompimento das partes desenhadas em palavras.
    Quase como uma vivência, passei pelas palavras, mas ao invés do gole, traguei flores de maconha para fazer a erupção do amor.

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