terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Até agosto, se não existir.

Eu colho que já estava plantado
Vejo a vida do outro lado, o lado errado claro.
Ou o lado certo do seu abraço.
O que eu sinto e me afasto pra chegar março.

Poder te ver de novo se for o caso,
me cuspo pra fora pra dar espaço
de menos ego e mais você.

Quero mais de você e menos de mim.
Já acostumei a me perder sem fim
Uma hora eu me reencontro
e forço nosso fim de novo.

Me tenho nos braços novamente
Caso você tente me olhar outra vez.
Antes você do que eu.

Antes você do que eu,
Cair nos braços de outro alguém
Sem saber que o novo alguém
Apenas sou eu.

É amor, a dança acabou.
A chuva lavou o que eu sentia
com toda a dor. 

É assim, plantando o desconhecido.
Esperando a surpresa do novo
sem saber que colho
o que já está morto.

Nos encontraremos de novo, amor.
Mesmo que agosto seja o mês
do desgosto 
e do desamor.

Ainda sim se não houver tempo
Nem clima e você e eu,
eu te reinvento em mim.

Pode ser até uma mentirinha,
Mau vista, de mau gosto e sem tom,
Mas não diga sem amor,
Pois por amor sou capaz de tudo.

Até perceber que você não existe.
Que eu sou você  e tudo somos nós
Até enxergar que nós não existimos.

Te descobri nas minhas lembranças
Improprias e obscenas
E por fim valeu a pena. 

Uma pena amor rimar com dor,
E depois do amor vem a dor
sem pudor, te murcha 
como uma flor.

Até que meu eu me perdoou
Mas não me canso do seu amor, amor.
Você e eu, eu e você, o que for.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Um par.

Vou me jogar nos braços de outro amor qualquer
Aproveitar e gozar até enquanto eu puder
Pra sentir vida e gloria
E morrer de amor
Até renascer
de novo.