quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Dialetos de um bolero.

A vida no meu ver são cores que entrelaçam em uma linha instante. 
Um mosaico, que a cada volta do mundo muda as tonalidades. 
Com esse pensamento levo-me a noite à vagar, sem perceber que minhas veias me levam ao delírio. 
Os olhos me traem sem nenhuma culpa, observando o tempo que parecia distante. 
Respiro a poeira da neblina que se assemelhava a um mormaço de março que no dia me fez um bem danado. 
A penumbra da noite e a lua guiando as sombras para o infinito da rua. Já não sei se estou sã, não tenho certeza. 
Os dialetos da mocidade ao som de um bolero levam-me a dançar por dentro acompanhando o vinho barato em uma briga com o fígado. 
Rir é uma boa opção enquanto me cai uma lágrima do céu.  Do céu da minha pupila que me deixa receoso de desapontá-la. 
O trajeto da calçada me fazia bem, deslizava como um navio navega no mar. Dormir na sarjeta me cairia bem, afinal, toda noite espero a beleza da solidão. 

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